Qual a importância do índice de liquidez?
Empresas de todos os portes precisam entender como medir o sucesso financeiro e capacidade de crescimento do negócio. Uma forma de fazer isso é através do índice de liquidez, que permite ao empresário identificar a facilidade e velocidade com que seus ativos se transformam em dinheiro.
De modo geral, os índices de liquidez de uma empresa dizem respeito à sua capacidade de pagar suas obrigações no curto prazo. Normalmente, são utilizados para análise de crédito, sendo calculada por meio de um quociente que relaciona os valores de seu ativo com os valores dos seus passivos.
Por que saber o índice de liquidez da sua empresa?
Na gestão integrada, o índice de liquidez tem relação direta com a solvência da empresa, que é a capacidade de arcar com suas obrigações no longo prazo. Quando os índices estão inadequados, isso significa que há problemas no fluxo de caixa, que vão refletir diretamente na situação financeira da empresa.
Como regra geral, a solvência de uma empresa depende de um bom controle e ciclo financeiro, atrelado a sua capacidade de gerar lucro e de planejar boas estratégias financiamento e investimento. Como gestor, é preciso identificar esses índices para tomar decisões mais assertivas para o seu negócio, e para isso, é importante saber quais são os tipos de índice.
Tipos de liquidez e como calcular
Existem alguns índices de liquidez que precisam ser calculados e analisados pelos gestores financeiros, sendo eles:
1- Índice de Liquidez Geral;
2- Índice de Liquidez Corrente;
3- Índice de Liquidez Seca;
4- Índice de Liquidez Imediata.
É importante ressaltar que todas as informações para calcular estes índices estão disponíveis no balanço patrimonial da companhia e que existem diversas fórmulas que podem ser utilizadas para esse cálculo.
Liquidez Geral
Ele exprime a liquidez a longo prazo da empresa. A fórmula para cálculo desse índice é a soma do Ativo Circulante (AC) com o Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) dividido pelo Passivo Circulante (PC) somado ao Passivo Não Circulante (PNC), sendo ARLP itens a receber a longo prazo e IR a ser recuperado.
Aqui não é calculado o ativo total, visto que há certos itens do ativo que não são convertidos em dinheiro, como investimentos.
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Liquidez Corrente
Este índice expressa a capacidade de uma empresa de realizar pagamentos a curto prazo. É obtido dividindo-se AC por PC e é um dos índices de liquidez mais úteis para uma empresa. Ele sempre deve ser maior que 1, porém não aconselha-se que a organização deixe paralisado um grande volume ou um alto valor na conta de estoque, pois aqui é melhor utilizar estes recursos para financiar operações.
No ambiente empresarial, é importante focar no trade-off de modo que haja um equilíbrio entre o aumento de liquidez ou o aumento dos investimentos em ativos menos líquidos, mas mais rentáveis.
Liquidez Seca
O índice de liquidez seca é muito parecido com a liquidez corrente, porém não considera a parte dos estoques. A fórmula deste índice de liquidez é AC subtraído de Estoque PC. É indicado para empresas em que o estoque é significativo para o seu funcionamento.
Liquidez Imediata
Este índice é chamado de conservador e considera o disponível da empresa comparando-o ao Passivo Circulante. Sua fórmula é expressa por Disponível PC e não leva em consideração o caixa e seus equivalentes disponíveis em relação ao PC. Ele indica a capacidade que uma empresa tem de efetuar pagamentos com dinheiro ou o que se converte rapidamente em dinheiro. Este raramente ultrapassa 1.
Como analisar o índice de liquidez?
Realizar a leitura correta desses índices de liquidez permite identificar qual a capacidade da empresa em arcar com as suas obrigações. Ao fazer os cálculos, eles podem indicar:
1- Índice de Liquidez maior do que 1: a empresa possui alguma folga para cumprir com suas obrigações;
2- Índice de Liquidez igual a 1: os valores à disposição da empresa empatam com as contas que ela tem a pagar;
3- Índice de Liquidez menor do que 1: se a empresa precisasse quitar suas obrigações no curto prazo, ela não teria recursos suficientes.
Quanto maior for este índice, a tendência da empresa em ter uma saúde financeira equilibrada é maior. Porém, eles não podem ser analisados separadamente, sendo necessário levar em consideração o tipo de atividade e outros indicadores.
Na indústria, por exemplo, os estoques são um item de peso no seu ativo. No entanto, se essa empresa mantiver grandes estoques, mas não conseguir vendê-los, poderá ter problemas de endividamento.